Espadas de duelo

Surgiu no século XVI um tipo de espada de caráter oposto àquelas enormes armas de combate medievais. Esse novo modelo, que não substituiria as espadas de uso militar, possuía lâmina mais esguia, comprida e aguçada e recebeu o nome de rapière. Os espadins eram desenhados especialmente para aristocratas e cavalheiros abastados, não só para defesa contra ataques eventuais mas também para duelos. A arte de manejar a rapière ganhou o nome de esgrima e, à medida que as qualidades técnicas dos esgrimistas aumentavam, providenciavam-se aperfeiçoamentos à arma - por exemplo, tornando mais eficientes e sofisticadas as guardas para proteção da mão nua do lutador.

 


Os maiores armeirosdesse período foram os de Toledo, na Espanha, de Milão, na Itália, e de Solingen, na Alemanha. Muitas das armas por eles fabricadas são manifestações soberbas de arte. Em 1650, as rapières começaram a ser substituídas - como armas ornamentais ou de duelo - por uma arma mais curta e leve, de guarda simples, chamada espadim. Os nobres usaram espadins até o final do século XVIII, quando os duelos passaram a ser travados com pistolas.


Movimento de Esgrima, c. 1640
O espadachim da direita, armado de rapière e com adaga na mão esquerda, apara a estocada, desvia a adaga do adversário e o atinge mortalmente.


Célebre Duelo
Gravura do século XIX descreve um duelo travado em Paris, em 1578, envolvendo Quèlus, favorito de Henrique III. Os padrinhos se meteram na luta e, por fim, três homens morreram, inclusive Quèlus.


"Os três Mosqueteiros"
O famoso romance histórico de Alexandre Dumas passa-se na França, de 1625 a 1655. Desejando tornar-se membro da guarda pessoal de Luís XIII, D'Artagnan envolve-se, com três amigos espadachins, em aventuras que forma o enredo da obra.

 

espadim
   
Fonte:
Coleção Aventura Visual - Armas e Armaduras, Editora Globo, 1990.

 

outros background

rapière